quarta-feira, 13 de abril de 2011

Elefante (parte 1)

   Elefante é o termo genérico e popular pelo qual são denominados os membros da família Elephantidae, um grupo de mamíferos broboscídeos elefantídeos, de grande porte, do qual há três espécies no mundo atual, duas africanas (Loxodonta sp.) e uma asiática (Elephas sp.). Há ainda os mamutes (Mammutthus sp.), hoje extintos. Até recentemente, acreditava-se que havia apenas duas espécies vivas de elefantes, o elefante-africano e o elefante-asiático, uma espécie menor. Entretanto, estudos recentes de DNA sugerem que havia, na verdade, duas espécies de elefante-africano: Loxodonta africana, da savana, e Loxodonta cyclotis, que vive nas florestas. Os elefantes são os maiores animais terrestres da actualidade pesando até 12 toneladas e medindo em média quatro metros de altura. As suas características mais distintivas são as presas de marfim.      
   Os elefantes são animais herbívoros, alimentando-se de ervas, gramíneas, frutas e folhas de árvores. Dado o seu tamanho, um elefante adulto pode ingerir entre 70 a 150 kg de alimentos por dia. As fêmeas vivem em manadas de 10 a 15 animais, lideradas por uma matriarca, compostas por várias reprodutoras e crias de variadas idades. O período de gestação das fêmeas é longo (20 a 22 meses), assim como o desenvolvimento do animal que leva anos a atingir a idade adulta. Os filhotes podem nascer com 90 kg. Os machos adolescentes tendem a viver em pequenos bandos e os machos adultos isolados, encontrando-se com as fêmeas apenas no período reprodutivo.
   Devido ao seu porte, os elefantes têm poucos predadores. Os elefantes exercem uma forte influência sobre as savanas, pois mantêm árvores e arbustos sob controle, permitindo que pastagens dominem o ambiente. Eles vivem cerca de 60 anos e morrem quando seus molares caem, impedindo que se alimentem de plantas.
   Os elefantes africanos são maiores que as variedades asiáticas e têm orelhas mais desenvolvidas, uma adaptação que permite libertar calor em condições de altas temperaturas. Outra diferença importante é a ausência de presas de marfim nos elefantes asiáticos.

   Durante a época de acasalamento, o aumento da produção de testosterona deixa os elefantes extremamente agressivos, fazendo-os atacar até humanos. Acidentes com elefantes utilizados em rituais geralmente são causados por esse motivo. Cerca de 400 humanos são mortos por elefantes a cada ano.

sábado, 5 de março de 2011

Leopardo

   Leopardo (Panthera pardus), também chamado onça em Angola, é, com o leão, tigre e onça-pintada, um dos quatro "grandes gatos" do género Panthera. Medem de 1 a quase 2 m de comprimento, e pesam entre 30 e 70 kg. As fêmeas têm cerca de dois terços do tamanho do macho. De menor porte do que a onça-pintada, o leopardo não é menos feroz. Habita a África e Ásia. Possui várias subespécies, algumas criticamente ameaçadas, como o leopardo-de-amur, o leopardo-da-barbária e o leopardo-da-arábia. O Leopardo-nebuloso (Neofelis nebulosa) e o Leopardo-das-neves (Uncia uncia) são espécies que pertencem a gêneros diferentes, apesar do nome leopardo em comum.

UMA CURIOSIDADE...

   Um leopardo, à primeira vista, parece-se muito com uma onça-pintada. Porém, um exame mais detalhado mostra que sua padronagem de pêlo apresenta diferenças significativas. Enquanto a onça apresenta pintas em forma de rosetas, os leopardos têm manchas menores, escuras de cor sólida. Quando o leopardo é negro também se denomina "pantera". O leopardo possui uma longa cauda, que o ajuda a manter o equilíbrio ao subir em árvores ou ao fazer longas corridas em grandes velocidades, diferentemente da onça que não possui uma cauda longa.

ALIMENTAÇÃO

   Um leopardo geralmente caça impalas e por vezes gnus, ruminantes presentes na savana. Às vezes, pode atacar bandos de babuínos quando estes invadem seu território em busca de alimento ou abrigo. O leopardo usa a sua imensa força e transporta a sua presa para o cimo de uma árvore para a tirar do alcance de outros predadores como os leões e hienas. Um leopardo consegue carregar animais seis vezes mais pesados que ele mesmo.Sua gestação é de 12 semanas.

Urso-polar (final)

REPRODUÇÃO

   Os ursos-polares acasalam entre os meses de março e junho, com implantação diferida dos óvulos fecundados, de modo que o período de gestação se torna muito longo, entre 200 a 265 dias, variando de acordo com as condições ambientais.
   As crias nascem entre novembro e janeiro, no abrigo invernal construído pela fêmea, e não se separam da mãe até completarem dois anos de idade. Nascem cegas e pesando muito pouco em relação ao peso adulto, sendo um dos filhotes menos desenvolvidos dos mamíferos eutérios.
   Os machos possuem um osso em seu pênis devido a necessidade de maior resistência, já que a relação sexual pode durar cerca de 24 horas.
   As fêmeas têm quatro mamas funcionais ao passo que as outras ursas apresentam seis. Podem gerar até quatro filhotes por gestação, ainda que a média seja de duas crias.
   As fêmeas estão aptas à reprodução uma vez a cada três anos, sendo um dos mamíferos com menor capacidade reprodutiva. É esperado que a ursa-polar tenha apenas cinco ninhadas em sua vida.
   Atingem a maturidade sexual entre os 4 e 6 anos e em condições naturais, vivem em média de 15 a 18 anos. Alguns animais selvagens marcados tinham um pouco mais de 30 anos. Um espécime do zôo de Londres morreu aos 41 anos.

ALIMENTAÇÃO

   De todos os ursos, o urso-polar é o que mais restritamente carnívoro. A dentição lembra mais a de carnívoros aquáticos do que outros ursos. Sua principal presa é a foca (em especial a foca-anelada), a qual tenta capturar quando estas emergem em buracos no gelo para respirar. Sua taxa de sucesso, contudo, é baixa. Só 5% das tentativas são exitosas. Um urso experiente captura uma foca a cada cinco dias, o que lhe proporciona energia suficiente por 11 dias. Além do método de tocaia, o urso-polar emprega também o método de perseguição para caçar, aproximando muito lentamente da vítima e disparando nos 15 m finais, a uma velocidade de até 55 km/h.
   Alimenta-se também de aves, roedores, moluscos, caranguejos, morsas e belugas. Ocasionalmente caça bois-almiscarados e até mesmo, ainda que raro, outro urso-polar.
   Oportunista, a espécie pode comer carniça (como baleias encalhadas) e materia vegetal, como raízes e bagas no final do verão. No depósito de lixo em Churchill, Manitoba, foram observados comendo, entre outras coisas, graxa e óleo de motor.
   O urso-polar é um nadador e um corredor capaz, o que o torna um caçador eficiente tanto na água quanto na terra firme.
   Esta espécie é extremamente perigosa para o homem, que encara como presa, especialmente se não houver abundância dos seus alimentos habituais. Na Ilha de Baffin, por exemplo, os geólogos fazem trabalho de campo armados de caçadeiras como medida de proteção contra os ursos-polares. 
   Ao contrário da crença disseminada, nunca foi observado que o urso-polar, em busca da camuflagem perfeita, esconda o focinho quando está caçando.

sexta-feira, 4 de março de 2011

Urso-polar (parte 3)


DISTRIBUIÇÃO

   O urso-polar é um animal do hemisfério norte que habita o Círculo Polar Ártico. Ele pode ser encontrado no Alasca, no Canadá, na Groenlândia, na Rússia e no arquipélago norueguês de Svalbard. O habitat natural do animal é a camada fina de gelo, onde lhe é possível caçar focas. Ele é perfeitamente apto à vida no gelo, sendo encontrado durante o inverno nos mares congelados de Chukchi e Beaufort ao norte do Alasca, mares Siberiano Oriental, de Laptev e de Kara na Rússia e no mar de Barents ao norte da Europa. São comuns também na porção norte do mar da Groenlândia, na baía de Baffin e em todo o arquipélago Ártico Canadense. Apesar de seus números diminuírem a partir do paralelo 88°, os ursos-polares podem ser encontrados virtualmente em todo o Ártico.

HÁBITOS

   Esta espécie concentra-se junto à costa uma vez que depende das águas para encontrar as suas presas. Os ursos-polares são excelentes nadadores e podem percorrer até 80 km sem descanso. Alguns animais migram desta forma do Norte para o Sul seguindo as margens das geleiras mas podem deslocar-se também por terra firme. O urso-polar é um animal de hábitos diurnos e caráter solitário, que não forma outros laços familiares que não seja entre fêmeas e suas crias.
   Os machos adultos, como todos os outros ursos, podem atacar e matar filhotes. As fêmeas os defendem mesmo um macho medindo em média o dobro de seu tamanho. Aos seis meses de idade, um filhote é capaz de fugir correndo de um adulto.
   Os territórios, muitas vezes enormes, não são defendidos. Apesar de não serem sociais, os ursos são capazes, contudo, de dividir uma carcaça de baleia sem maiores conflitos.
   Devido à abundância de comida mesmo durante o inverno, o urso-polar não hiberna no sentido estrito da palavra. Ele entra em um estado de dormência, no qual sua temperatura corpórea não cai, passando a subsistir de suas reservas de gordura corporal.
   Os ursos-polares são animais muito preocupados com a própria higiene. Após cada refeição, eles dedicam cerca de 15 minutos para eliminar a sujeira. Para se limpar eles usam as patas, a língua, água ou neve. Isto se deve ao fato de que a sujeira interfere com a capacidade de isolamento térmico da pelagem.

quinta-feira, 3 de março de 2011

Urso-polar (parte 2)

 APARÊNCIA

   Os machos desta espécie têm cerca de 300 a 400 kg, mas podem atingir 700 kg e medem até 3,00 m. As fêmeas são em média bem menores, com 200 a 300 kg de massa e 2,10 m de comprimento. Ao nascer o filhote tem 0,6 a 0,7 kg. A camada de gordura subcutânea pode chegar a uma espessura de 15 cm.
Todo o seu corpo é adaptado para melhor desempenho na água e para o frio. Tanto as orelhas quantos os olhos são pequenos e arredondados. As patas dianteiras são largas para facilitar o nado e o mergulho e as patas posteriores têm 5 dedos. O crânio e o pescoço são alongados. Não há boça sobre os ombros. Todas essas adaptações proporcionam-lhes um maior hidrodinamismo que facilita a natação. A pele e o focinho são pretos. As solas dos pés têm papilas e vacúolos que auxiliam a caminhada sobre o gelo.
   A pelagem dos ursos-polares apesar de parecer branca, é incolor e quando os raios solares incidem em sua pele da a coloração branca e amarelada. Cobre todo o corpo, inclusive a planta das patas, como isolamento do frio. É composta por uma densa camada de subpelo (cerca de 5 cm de comprimento) e uma camada de pêlos externos (15 cm). O fio individual é trasparente e oco, mas não apresenta propriedades de fibra óptica, como afirma uma lenda urbana. No verão a pelagem se torna amarelada, talvez devido à oxidação produzida pelo sol. Ao contrário dos demais mamíferos árticos, os ursos-polares não sofrem processo de muda sazonal. Os pêlos nas solas das patas são duros e proporcionam excelente isolamento térmico e tração sobre a neve. O isolamento térmico proporcionado pela pelagem geral é tão eficiente que torna o animal praticamente invisível a detectores infravermelhos. Acima de 10 °C, contudo, isto pode levar ao sobre-aquecimento do animal. Outra característica de sua pelagem é não refletir a luz ultravioleta.
   Alguns animais cativos, expostos a climas quentes e úmidos, desenvolvem uma cor verde graças a algas que crescem em seus pêlos ocos. Tais algas não são nocivas ao animal e são eliminadas com banhos de água oxigenada ou sal.

quarta-feira, 2 de março de 2011

Urso-polar (parte 1)

   O urso-polar (Ursus maritimus), também conhecido como urso-branco, é um mamífero membro da família dos Ursídeos, típico e nativo da região do Ártico e atualmente um dos maiores carnívoros terrestres conhecidos. Dentre todos os ursos, este é o que mais se alimenta de carne.
Fáceis de tratar, são um dos animais mais populares nos jardins zoológicos.O primeiro zoológico americano, inaugurado na Filadélfia em 1859 tinha um urso-polar como uma de suas atrações.

CLASSIFICAÇÃO

   Acredita-se que os procionídeos e os ursídeos se ramificaram há cerca de 30 milhões de anos. O urso-de-óculos formou um ramo a parte em torno de 13 milhões de anos atrás. As seis espécies atuais do gênero Ursus se originaram há estimados 6 milhões de anos. O urso-pardo e o urso-polar divergiram de um ancestral comum há cerca de 2 milhões de anos e o cruzamento entre as duas espécies gera descendentes férteis. A perda de dentes molares típicos do urso-pardo se deu há 10 ou 20 mil anos. O fato de gerar híbridos férteis pode levar à conclusão que o urso-polar é uma subespécie do urso-pardo.
   A maioria dos cientistas não reconhece subespécies de urso-polar. O IUCN/CCS Polar Bear Specialist Group (PBSG) contabiliza 20 grupos populacionais, enquanto outros cientistas apontam seis grupos: Mar de Chukchi, Ilha de Wrangel Island e Alaska ocidental; Mar de Beaufort; Arquipélago Ártico Canadense; Groenlândia; Terra de Spitzbergen-Franz Josef; e Sibéria. Algumas fontes consideram haver duas subespécies: Ursus maritimus maritimus e Ursus maritimus marinus.

Tigre (final)

Tigre-do-Cáspio ou Tigre-Persa
  
   (Panthera tigris virgata) - Tornou-se extinto na década de 1960, com o último sendo visto em 1968. Era encontrado no Afeganistão, Irã, Iraque, Mongólia, União Soviética e Turquia. De todas as subespécies de tigre era a mais ocidental, sendo a subespécie utilizada no coliseu de Roma. No começo do século XX foi alvo de perseguição por parte do governo da Rússia czarista (que acreditava não haver mais espaço para o tigre na região) por conta de um programa de colonização da área. Esta subespécie é dada como extinta, mas existem casos de registros visuais não confirmados.

SUBESPÉCIES INVÁLIDAS
  
   Além das subespécies citadas acima, existem algumas subespécies que ainda não foram reconhecidas pela taxonomia.
  • Tigre-coreano (Panthera tigris coreensis) - Habitava a Península da Coréia e sul da Manchúria, áreas das quais o tigre se encontra extinto desde meados do século XX. Considerado parte do tigre siberiano.
  • Tigre-de-xinjiang (Panthera tigris lecoqi) - Estudado e classificado por Schwarz em 1916. É considerado parte do tigre do Cáspio. Vivia no noroeste da China, mais precisamente na província de Xinjiang.
  • Tigre-do-turquestão (Panthera tigris trabata) - Tal como o tigre de Xinjiang foi estudado e classificado por Schwarz em 1916  e é considerado parte do tigre do Cáspio. Vivia em áreas dos atuais Cazaquistão, Uzbequistão, Quirguistão e Tajiquistão.

terça-feira, 1 de março de 2011

Tigre (parte 4)

Tigre-Malaio

   (Panthera tigris jacksoni) - Presente exclusivamente no sul da península malaia. Até 2004 não era considerada como uma subespécie de tigre. Até então era tido como parte da subespécie indochinesa. Tal classificação mudou em função de um estudo do Laboratório de Estudos da Diversidade Genômica, parte do Instituto Nacional do Câncer, EUA. Segundo estimativas a população de tigres malaios selvagens é de 600 a 800 indivíduos, sendo a maior população de tigres após o tigre de Bengala. É um ícone nacional na Malásia, aparecendo no brasão e no logotipo de instituições do país, tais como o himalaia.

Tigre-de-Bali

   (Panthera tigris balica) - Sua ocorrência era limitada à ilha de Bali, na Indonésia. Estes tigres foram caçados até a extinção. O último exemplar de tigre balinês deve ter sido morto em Sumbar Kima, oeste de Bali em 27 de setembro de 1937, e era uma fêmea adulta. Nenhum tigre balinês era mantido em cativeiro. De todas as subespécies era a menor de todas, chegando a pesar menos da metade dos tigres siberianos.

Tigre-de-Java



   (Panthera tigris sondaica) - Era limitado à ilha indonésia de Java. Esta subespécie foi extinta na década de 1980, como resultado de caça e destruição de seu habitat. Mas a extinção desta subespécie tornou-se extremamente provável já na década de 1950, quando havia menos de 25 animais em estado selvagem. O último animal selvagem foi avistado em 1979.

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Tigre (parte 3)

 Tigre-do-sul-da-China

   (Panthera tigris amoyensis) - É a mais criticamente ameaçada das subespécies caminhando rapidamente à extinção. Até o começo dos anos 1960 haviam aproximadamente 4000 tigres na China.Na época eram mais numerosos até que os tigres da Sibéria e de Bengala. Em 1959 Mao Tse Tung, na época do "grande salto adiante", declara os tigres uma praga. Seguiu-se então uma brutal perseguição aos tigres, reduzindo-os a 200 indivíduos em 1976. Há apenas 59 exemplares em cativeiro, todos na China, mas que descendem de somente 6 exemplares. A diversidade genética necessária para manter a espécie já não existe, indicando que uma possível extinção está próxima. Os tigre podem reproduzir-se de 8 a 12 crias por mãe e a sua gestação dura cerca de 17 meses. Ao nascer as crias podem ter 20cm de comprimento e 14cm de altura e 30kg. A idade media de um tigre é de 80 anos.

  
   Tigre-da-indochina

   É encontrado no Camboja, Laos sudeste da China, Malasia, Myanmar, Tailândia e Vietnã.   




   Tigre-de-Sumatra

   (Panthera tigris sumatrae) - É encontrado somente na ilha indonésia de Sumatra. A população selvagem estimada é de 400 a 500 animais, presentes predominantemente nos cinco parques nacionais da ilha. Pesquisas genéticas recentes revelaram a presença de um marcador genético único, indicando que pode-se desenvolver uma nova espécie, caso não se torne extinta. Isto sugere que o tigre de Sumatra deve ter uma enorme prioridade de conservação.

Tigre (parte 2)

  SUBESPÉCIES
  
   Há nove subespécies distintas de tigre, três das quais estão extintas. Ocupavam historicamente uma extensa área que englobava a Rússia, Sibéria, Irã, Cáucaso, Afeganistão antiga Ásia Central Soviética, Índia, China todo o sudeste da Ásia e Indonésia (ilhas de Sumatra, Java e Bali). Hoje em dia se encontram extintos em muitos países da Ásia. Estas são as subespécies sobreviventes, em ordem decrescente de população selvagem:
 

Tigre-Siberiano (Panthera tigris altaica) 
  
   Encontram-se em vales com encostas rochosas do rio Amur. Está agora confinado a uma pequena área no leste da Rússia, onde é protegido. Antigamente habitava a Coréia, Manchúria (região nordeste da China), sudeste da Sibéria e leste da Mongólia.
   Desde os anos 1920 não são mais vistos na Coréia do Sul. Em liberdade existem entre 300 a 500 indivíduos no momento, e muitas populações não são geneticamente viáveis, por estarem sujeitas a cruzamentos consanguíneos. É a maior das subespécies de tigre e o maior felino existente hoje em dia O tamanho é variável com a subespécie, pesando, na grande maioria das vezes, entre 250 e 330 kg, de forma que pode haver indivíduos menores e maiores que nesse intervalo de peso. Tem cerca de 2,40 m a 3,15 m de comprimento somados ainda com a cauda de 1,10 m ou 1,20 m. O maior exemplar já catalogado na natureza tinha 423 kg e o maior em cativeiro tinha 452 kg. A sua dieta é formada principalmente de suínos selvagens para a sua alimentação, mas após o declínio destas presas têm vindo a caçar veados. Podem ainda caçar outros mamíferos como ursos pardos mas seu espólio anual é de no máximo 11 % e caçam também aves, répteis e peixes.
   Arrastam a carcaça de um alce de 900 kg para o lugar que mais lhe agrada. Diferentemente das outras subespécies de tigre, vive em uma área de clima frio formada por florestas boreais (de carvalhos e coníferas) e, por conta disso, tem uma pelagem mais clara e menos listras para poder se confundir com a o arvoredo seco de que se rodeia durante a caça.

Tigre (parte 1)

   Tigre (Panthera tigris) é um mamífero da família dos Felinos ou Felídeos. É uma das quatro espécies dos "grandes gatos" que pertence ao género Panthera. Os tigres são predadores carnívoros.
Um macho adulto pesa em média 300 kg. São caçadores noturnos e apesar de seu grande tamanho, podem se aproximar de suas presas em completo silêncio, antes de se precipitar sobre elas a curta distância. Entre os carnívoros terrestres eles têm os maiores dentes que podem chegar a 10 cm e as maiores garras atingindo os 8 cm. A força da sua mordida é uma das mais fortes entre todos os felinos. Ele é um grande nadador, eles usam isso para se refrescarem. Já aconteceu de tigres nadarem mais de 5km. Alem disso são ágeis e velozes, capazes de andar em terrenos rochosos e subir em arvores com troncos grossos (apesar não subirem com freqüência, sendo relativamente raro já que nunca tem motivos para subir). São caracterizados por suas listras, cada tigre possui um padrão, não existe dois tigres com o mesmo padrão, são como nossas digitais.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Mico-leão-dourado (final)


DESCRIÇÃO GERAL  
  
   Têm hábitos diurnos e arborícolas. Organizam-se em grupos de até oito indivíduos e vivem cerca de quinze anos, sendo a maturidade da fêmea atingida com cerca de um ano e meio e a do macho, com cerca de dois anos. Sua época reprodutiva é de setembro a março e a gestação demora cerca de quatro meses e meio, gerando, normalmente, entre um e três filhotes. O mico-leão-dourado é um animal pequeno, medindo entre vinte e vinte e seis centímetros com um comprimento caudal entre trinta e um e quarenta centímetros. O adulto pesa entre trezentos e sessenta e setecentos e dez gramas, sendo sessenta gramas o peso considerado normal para um filhote. São onívoros, o que significa que sua alimentação é muito variada: frutas, insetos, ovos, pequenas aves e lagartos (em cativeiro, as aves e lagartos são substituídos por carne). Têm uma pelagem sedosa e brilhante, de cor alaranjada e uma juba em torno da cabeça, o que deu origem ao seu nome popular.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Mico-leão-dourado (parte 1)

   O mico-leão-dourado (Leonthopitecos Rosalia) é um primata encontrado originariamente na mata atlântica, no sudeste brasileiro. Encontra-se em perigo de extinção.
   O mico-leão é conhecido popularmente por sauí, sagui, sagui-piranga, sauí vermelho, mico e outras denominações regionais.
   Animal monógamo, uma vez formado o casal, mantém-se fiel. O recém-nascido não passa mais que quatro dias pendurado ao ventre materno. Depois disso, é o pai que o carrega, cuida dele, limpa-o e o penteia. A mãe só se aproxima na hora da mamada. Ele estende os braços e o pai lhe entrega o filhote, que mama durante uns quinze minutos. Mas, mesmo nessa hora, o pequeno não gosta que o pai se distancie.

    Atualmente, resta apenas um único local de preservação deste animal: a reserva biológia do poço das antas, no estado do Rio de Janeiro, compondo dois por cento do habitat original da espécie. Restam cerca de mil micos-leões-dourados no mundo, a metade dos quais em cativeiro.

Onça-pintada (FINAL)

REPRODUÇÃO


   As onças-pintadas são solitárias e só buscam a companhia de um par durante a época de acasalamento. A gestação dura em média 100 dias e até quatro filhotes podem ser gerados.
   Os machos atingem a maturidade sexual em torno dos três anos, e as fêmeas, com dois anos. Em cativeiro, as onças vivem até 20 anos; já a expectativa de vida para as onças selvagens cai pela metade.
   Na época reprodutiva, as onças perdem um pouco os seus hábitos individualistas e o casal demonstra certo apego, chegando inclusive a haver cooperação na caça. Normalmente, o macho separa-se da fêmea antes dos filhotes nascerem. Em geral nascem, no interior de uma toca, dois filhotes - inicialmente com os olhos fechados. Ao final de duas semanas abrem os olhos e só depois de dois meses saem da toca. Quando atingem de 1,5 a 2 anos, separam-se da reprodutora, tornando-se sexualmente maduros e podendo assim se reproduzirem.

Onça-pintada (parte 4)

   ALIMENTAÇÃO

   A onça-pintada é uma excelente caçadora. As patas curtas não lhe permitem longas corridas, porém lhe proporcionam grande força, fundamental para dominar animais possantes como antas, capivaras, queixadas, tamanduás, jacarés, etc. Ocasionalmente esses felinos atacam e devoram grandes serpentes (jiboias e sucuris), em situações extremas. Na Venezuela foram registrados casos de onças a devorar sucuris adultas. Enquanto os outros grandes felinos matam suas vítimas, mordendo-as no pescoço, a onça o faz atacando-as diretamente na cervical, graças a suas mandíbulas poderosas, as mais fortes de todos os felinos e a segunda mais forte entre os carnívoros terrestres. Esses felinos frequentemente matam animais como a capivaras e pequenos macacos mordendo lhes o crânio, sendo o único felino a fazer isto. A mordida de uma onça pode facilmente atravessar o casco de uma tartaruga. Apesar disso, a onça não se furta em comer pequenos animais se a chance lhe aparece.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Onça-pintada (parte 3)

CARACTERÍSTICAS FÍSICAS

   Um exame mais detalhado mostra, contudo, que sua padronagem de pelo apresenta diferenças significativas. Enquanto o leopardo apresenta rosetas menores mas em maior quantidade, as manchas da onça são mais dispersas e desenham uma roseta maior, algumas delas com pontos pretos no meio. O interior dessas manchas é de um dourado/amarelo mais escuro que o restante da pelagem. Existem também alguns indivíduos melânicos, as chamadas onças-pretas. Elas não pertencem a uma outra espécie, e suas manchas ainda são facilmente reconhecíveis na pelagem escura; trata-se apenas de uma mutação genética na qual os indivíduos produzem mais melanina do que o normal, o que provoca um maior escurecimento da pelagem desses animais.
   A cabeça da onça é proporcionalmente maior em relação ao corpo. Um exemplar adulto alcança até 2,60 m de comprimento, chegando a pesar em torno de 115 kg, embora, em média, os machos pesam 90 kg e as fêmeas 75 kg. A altura da cernelha é de aproximadamente 70 cm, sendo o maior felino das Américas.
A onça pintada é o maior mamífero carnívoro do Brasil, e necessita de pelo menos 2 kg de alimento por dia, o que determina a ocupação de um território de 25 a 80 km² por indivíduo a fim de possibilitar capturar uma grande variedade de presas.
   A onça seleciona naturalmente as presas mais fáceis de serem abatidas, em geral indivíduos inexperientes, doentes ou mais velhos, o que pode resultar como benefício para a própria população de presas.
Apesar de ser tão temida, foge da presença humana e mesmo nas histórias mais antigas, são raros os casos de ataque ao ser humano. Como necessita de um amplo território para sobreviver, pode "invadir" fazendas em busca de animais domésticos, despertando, assim, a ira dos fazendeiros que a matam sem piedade. Por esse motivo, e sobretudo pela rápida redução de seu habitat, esse felídeo, naturalmente raro, ainda encontra-se a beira da extinção no Brasil.
  
   Onça-Preta

   A onça-preta, também conhecida por jaguar-preto, é uma variação melânica da onça-pintada ou Jaguar, ou seja, a onça-preta e a onça-pintada são da mesma espécie (Panthera onca), mas a onça-preta possui mais melanina, que dá tonalidade escura ao seu pelo.

Onça-pintada (parte 2)

DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA

   A onça-pintada se espalhava, inicialmente, desde o sul dos Estados Unidos até o norte da Argentina. Porém, seu território de ocupação diminuiu sensivelmente. Costuma ser encontrada em reservas florestais e matas cerradas do Brasil, bem como em outros locais ermos onde vivam mamíferos de pequeno porte de que se alimenta.
Seu habitat preferencial são zonas florestais, mas a espécie também vive em planícies pantanosas, savanas e até desertos, sendo fortemente influenciada por regiões com corpos de água frequentadas por suas presas preferidas. Já foram encontradas em regiões acima de 3 800 m de altitude, mas temem as regiões montanhosas. Existem em praticamente todos os países da América continental: Argentina, Belize, Bolivia, Brasil, Colômbia, Costa Rica (particularmente na Península de Osa), Equador, Estados Unidos, Guatemala, Guiana, Guiana Francesa, Honduras, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, Suriname e Venezuela. Está extinta em El Salvador e no Uruguai.
No Brasil, os estados em que a onça-pintada existe são: AC, AM, AP, CE, BA, ES, GO, MA, MG, MS, MT, PA, PI, PR, RJ, RO, RR, RS (Parque Estadual do Turvo, aproximadamente de 4 a 6 exemplares), SC, SP e TO.
A inclusão dos Estados Unidos na lista é basicamente devido a avistamentos ocasionais, no sudoeste, principalmente no Arizona, Novo México e Texas.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Onça-pintada (parte 1)

   A onça-pintada ( Panthera onca), também conhecida como jaguar ou jaguaretê é um grande felino, do gênero Panthera, e é a única espécie Panthera encontrado nas Américas. É o terceiro maior felino após o tigre e o leão, e o maior do Hemisfério Ocidental .Mamíferos da ordem dos carnívoros, membro da família dos felídeos, é encontrada nas regiões quentes e temperadas do continente americano, desde o sul dos Estados Unidos até o norte da Argentina. É um símbolo da fauna brasileira. Os vocábulos "jaguar" e "jaguaretê" têm origem no termo da lingua guarani jaguarete. O gato tem sido largamente extirpado dos Estados Unidos desde o início do século 20. Este gato manchado mais se assemelha ao leopardo fisicamente, embora seja geralmente maior e mais resistente. As características do seu comportamento e habitat são mais próximas às do tigre. Enquanto seu habitat preferido foi visto sendo na densa floresta tropical, foi encontrado em uma variedade de terrenos abertos. A onça pintada está fortemente associada com a presença de água e é notável, juntamente com o tigre, como um felino que gosta de nadar. Anda em grande parte solitária, mas é oportunista na seleção de presas. É também um importante predador, desempenhando um papel na estabilização dos ecossistemas e na regulação das populações de espécies de presas. Tem uma mordida excepcionalmente poderosa, mesmo em relação aos outros felinos. Isso permite que ela fure a casca dura de répteis como a tartaruga e de utilizar um método de matar incomum: ela morde diretamente através do crânio da presa entre os ouvidos para entregar uma mordida fatal no cérebro. Está quase ameaçada de extinção e seus números estão em queda. As ameaças incluem a perda e fragmentação do seu habitat. Enquanto o comércio internacional de onças ou de suas partes, é proibida, o gato ainda é freqüentemente morto por seres humanos, particularmente em conflito com fazendeiros e agricultores. A onça fazia parte da mitologia de diversas culturas indígenas americanas , incluindo a dos maias, astecas e guarani. Na mitologia maia, apesar de ter sido cotada como um animal sagrado, era caçada em cerimônias de iniciação dos homens como guerreiros.