sábado, 5 de março de 2011

Urso-polar (final)

REPRODUÇÃO

   Os ursos-polares acasalam entre os meses de março e junho, com implantação diferida dos óvulos fecundados, de modo que o período de gestação se torna muito longo, entre 200 a 265 dias, variando de acordo com as condições ambientais.
   As crias nascem entre novembro e janeiro, no abrigo invernal construído pela fêmea, e não se separam da mãe até completarem dois anos de idade. Nascem cegas e pesando muito pouco em relação ao peso adulto, sendo um dos filhotes menos desenvolvidos dos mamíferos eutérios.
   Os machos possuem um osso em seu pênis devido a necessidade de maior resistência, já que a relação sexual pode durar cerca de 24 horas.
   As fêmeas têm quatro mamas funcionais ao passo que as outras ursas apresentam seis. Podem gerar até quatro filhotes por gestação, ainda que a média seja de duas crias.
   As fêmeas estão aptas à reprodução uma vez a cada três anos, sendo um dos mamíferos com menor capacidade reprodutiva. É esperado que a ursa-polar tenha apenas cinco ninhadas em sua vida.
   Atingem a maturidade sexual entre os 4 e 6 anos e em condições naturais, vivem em média de 15 a 18 anos. Alguns animais selvagens marcados tinham um pouco mais de 30 anos. Um espécime do zôo de Londres morreu aos 41 anos.

ALIMENTAÇÃO

   De todos os ursos, o urso-polar é o que mais restritamente carnívoro. A dentição lembra mais a de carnívoros aquáticos do que outros ursos. Sua principal presa é a foca (em especial a foca-anelada), a qual tenta capturar quando estas emergem em buracos no gelo para respirar. Sua taxa de sucesso, contudo, é baixa. Só 5% das tentativas são exitosas. Um urso experiente captura uma foca a cada cinco dias, o que lhe proporciona energia suficiente por 11 dias. Além do método de tocaia, o urso-polar emprega também o método de perseguição para caçar, aproximando muito lentamente da vítima e disparando nos 15 m finais, a uma velocidade de até 55 km/h.
   Alimenta-se também de aves, roedores, moluscos, caranguejos, morsas e belugas. Ocasionalmente caça bois-almiscarados e até mesmo, ainda que raro, outro urso-polar.
   Oportunista, a espécie pode comer carniça (como baleias encalhadas) e materia vegetal, como raízes e bagas no final do verão. No depósito de lixo em Churchill, Manitoba, foram observados comendo, entre outras coisas, graxa e óleo de motor.
   O urso-polar é um nadador e um corredor capaz, o que o torna um caçador eficiente tanto na água quanto na terra firme.
   Esta espécie é extremamente perigosa para o homem, que encara como presa, especialmente se não houver abundância dos seus alimentos habituais. Na Ilha de Baffin, por exemplo, os geólogos fazem trabalho de campo armados de caçadeiras como medida de proteção contra os ursos-polares. 
   Ao contrário da crença disseminada, nunca foi observado que o urso-polar, em busca da camuflagem perfeita, esconda o focinho quando está caçando.

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